Monday, September 29, 2008

Eu não gosto de bom senso

Eu sou... Eu acho que sou bem parecida com todo mundo, mas também sou bem diferente. Tipo, eu acho que tenho uma boa dose de medo. Um medo sadio, eu penso. Tipo, eu tenho medo de sofrer, como todo mundo. Tive experiências ruins na minha vidinha e não gostaria que elas se repetissem. Também não gosto de chorar, mas acho que ninguém gosta. Ficar sozinho é muito bom. Solidão é foda. Porém eu, às vezes, me acho bem diferente. Tipo, eu não tenho medo de ser feliz. Eu vejo uma oportunidade ser feliz eu vou atrás. Tá eu posso quebrar a cara e algumas vezes e isso já aconteceu com uma precisão cirúrgica. Nariz quebrado, cirurgia plástica na dignidade! =D Pois é. Eu sou assim intensa. Não, não, nem queira dizer que isto é ansiedade. É premência! Meu medo não sufoca meu desejo. Ele apenas ameniza.

Também acho que todo mundo quer ser feliz. Eu sou feliz boa parte do meu tempo. Caminho nas ruas e fico feliz em olhar as pessoas. Sou feliz no trabalho. Gosto de viver. Que eu me lembre, foi muito pouco o tempo no qual eu achava isso. Vejo beleza no cotidiano. Me deslumbro com as coisas que ninguém olha. Então, eu não preciso – muito – do exterior para ser feliz. Eu preciso um pouco. Como todo mundo eu quero ser amada, mas mais que isso eu quero amar. Amar é muito gostoso! Eu adoro fazer os outros felizes, levar o que eu tenho de melhor adiante. Busco fazer cada um ao meu redor mas alegre. Eu sorrio das coisas, sou compreensiva, carinhosa e às vezes banco o palhaço para que o sorriso esteja, também, em outros lábios.

Bonitinha né? Mas ordinária!!! Apesar desta capa muito macia e fofinha eu tenho um ladinho muito feio. Tipo, não me maltrate. Eu sou sensível. Eu choro sabia? Eu sinto vazio também... E eu sou capaz de fazer loucuras! As mais diversas! As mais piradas mesmo! Mas não sou capaz de agüentar indiferença e distância. Como qualquer pessoa – e isso inclui pessoas bem especiais – eu me protejo daquilo com o quê eu não sei lidar. Para a indiferença, a distância; para a distância, a indiferença. As armas que me ferem são as mesmas com as quais eu vou me defender. Não, não, eu não quero machucar ninguém de volta. É só defesa! Até porque, quem se protege de algo, em um determinado momento, espera que a coisa aconteça só que ele possa dizer "eu falei que ia ser assim".

Quer um conselho? Não tenha medo de ser feliz. Permita a si mesmo pensar o mundo sem compará-lo com experiências anteriores. Afinal, se fosse para ter medo eu teria desistido deste caminho há muito tempo atrás.

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