Tanta coisa que...- Hello Glória!!!

Hoje eu amanheci com raiva. Com impaciência na verdade. Impaciente com esse monte de coisas que eu não consigo resolver e muito mais com minha limitação virginiana para esse excesso... Ai que saco! Eu queria chutar o pau da barraca e sair dando tiro para todos os lados... Mas aí, eu e minha boa vontade com o mundo, associada à minha limitação natural para controlar coisas demais, acabam me colocando nas piores enrascadas mentais - e emocionais - do universo. Bom, a viagem para Europa só precisa da arrumação das malas. Estou esperando Mano Du mandar a carta convite para anexar à pasta mágica de documentos e voila! =D Mas tem o apartamento que se resolve nunca... Eu tô começando a ficar preocupada e sufocada! Preocupada com Lucas... Acabei colocando-o numa enrolada junto comigo. Preocupada com outros detalhes. Preocupada se eu vou ter grana para pagar o aluguel e tudo o mais. Vou precisar comprar coisas para casa... Aiii que medo!

Ontem, depois que saí do Prainha, eu tava conversando com Lucas e dizendo que não havia pior período para ter tomado algumas decisões, mas caraca, essas decisões só ocorrem quando você chega a situações limite tipo a que eu estou vivendo agora. Só que, tá rolando uma carga emocional tão grande que eu estou chegando num outro ponto bem problemático diga-se de passagem. Quem me conhece mais de perto, tipo pai e mãe, vai entender logo o que vou dizer... Não é à toa que um dia alguém me disse que eu era a menina do pirulito e a mulher do casaco de couro... Faz muito tempo que eu não uso nenhum dos dois arquétipos, mas eles estão precisando vir à tona novamente. Então, estou lustrando com cuidado meu melhor par de botas, tirando o casaco do armário, carregando na boca vermelha e olhos pretos. Ela está de volta para delírio das multidões.

É sempre assim quando eu preciso me proteger e acho que este é um desses momentos. A casca fica mais grossa e a concha fecha. Ninguém entra e ninguém sai. Por tanto, aviso aos navegantes! A porta está fechando, uma vez que o processo esteja concluído não adianta me perguntar se eu gosto de chocolate, mesmo que eu esteja morrendo de vontade de comer um quilo da iguaria a resposta será não.