Wednesday, August 20, 2008

Sinto cheiro de gasolina...

E óleo diesel, mas eu não estou na plataforma. Estou em plena avenida paulista e um ônibus acabou de descarregar seu escapamento sobre o meu cabelo ainda molhado do banho. Resultado? Estou na plataforma, estou plataforma, estou na plataforma...

Porém esta amanhã está, particularmente, bela. Esta cidade é fogo! É bonita, é feia, é elegante, é vulgar, é São Paulo. Hoje, o sol está liiiiindo, o céu azuuuul e não está queeeente como estava ontem. Eu estou supercalifragilisticexpialidoceous, afinal ontem foi uma noite legal depois de tantos dias complicados. Tá certo que foi um pedacinho de coisa boa, num mar de coisas complicadas, mas foi tão, mas tão bom.

As últimas semanas foram difíceis por milhões de motivos. Saudades, solidão, ansiedade, medo, paixão, medo, amor, medo, realização. Aff. Dizem que os trinta anos, são os trinta anos. Lembro da época na qual eu estudava astrologia. Me disseram que a conta do bar, quando você chega aos trinta, é uma das maiores que você vai pagar na vida! Tipo, a segunda maior é quando você chegar aos sessenta. Isso acontece porque neste momento específico, quem está cobrando a conta é um tal de Saturno. É. Aquele cara conhecido por ser o castrador do zodíaco. Ele é muito mais que o nosso limite, ele é a nossa consciência mais profunda. Como é que chamam isso na psicologia? Ide? Ego? Super-ego? Vamos lá. Saturno é o cara que vai mover os seus lábios diante do espelho. É ele que vai perguntar porque você não termina este relacionamento que não vai bem? É ele que vai passar na sua cara que você não realizou o sonho de viajar para Europa porque gastou o dinheiro em bobagens. Efim... E eu ando conversando muito com Saturno. Sei lá. Eu não quero, mas ele fala sem parar. Pior! Ele passa tuuuuudo na cara, sabe. Tipo namorada chata que fica repetindo "eu te disse". Bom, ele tem participado ativamente da minha vida e isso deixa qualquer um deprê, mas também ajuda o cara a crescer, ficar mais forte. Saturno é O cara.

Como as palavras, ultimamente, não têm sido o meu forte, eu tenho preferido as mãos, os abraços, os sorrisos e as lágrimas. Ontem quase fui às lágrimas por uma bobagem! Um comentário dos mais tolos. Abracei muito e sorri por muitos minutos. Estava precisando. Agora estou mais tranqüila, mesmo sabendo que essa sensação vai durar pouco tempo.

"To die by your side, well, the pleasure and the privilege is mine"

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